A África, berço de civilizações milenares e palco de histórias de resistência como a Revolução Haitiana e sua influência e a resistência Zulu sob o comando de Shaka, enfrenta hoje um novo capítulo de dominação econômica. Desta vez, os protagonistas não são potências europeias, mas os membros do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Este artigo explora como esses países estão extraindo recursos minerais africanos, muitas vezes repetindo padrões coloniais sob o disfarce de “cooperação Sul-Sul”.
O BRICS e a Nova Corrida pela África
Desde o século XXI, o BRICS emergiu como um bloco econômico alternativo ao Ocidente. No entanto, sua atuação na África — especialmente na mineração — tem gerado debates acalorados:
- China: Maior investidor em mineração africana, controlando 70% do cobalto da RD Congo, essencial para baterias de carros elétricos.
- Rússia: Foca em diamantes (Angola e Zimbábue) e urânio (Namíbia), usando empresas como a Alrosa.
- Índia: Importa carvão da África do Sul e busca terras raras no Quênia.
- Brasil: Atua na extração de ferro (Guiné) e fosfatos (Marrocos), embora em menor escala.
“A África não é pobre; é empobrecida por séculos de exploração. Hoje, o BRICS repete os erros do passado, mas com discursos mais sofisticados” — Analista político citado em Resistência Africana contra os Colonizadores.
Casos Controversos
- RD Congo e o “Cobalto Sangrento”
A China domina as minas de cobalto no Congo, onde trabalhadores — incluindo crianças — labutam em condições análogas à escravidão. Apesar disso, Pequim alega estar “desenvolvendo infraestrutura” no país. - Angola: Petróleo e Dívidas Ocultas
A Rússia e China financiaram projetos angolanos em troca de petróleo, criando dívidas bilionárias. A luta de Angola contra o domínio português parece ter dado lugar a uma nova dependência. - África do Sul: Carvão e Conflitos
A Índia é o maior comprador de carvão sul-africano, enquanto comunidades locais sofrem com poluição e despejos.
Resistência Africana: Do Passado ao Presente
A história africana é marcada por movimentos de resistência armada contra opressores. Hoje, surgem novos protestos:
- RD Congo: Greves em minas chinesas (2023).
- Zimbábue: Campanhas contra a extração de diamantes pela Rússia.
- Namíbia: Oposição à mineração de urânio por Moscou, ecoando a resistência armada na Namíbia.
BRICS na África
1. O BRICS é melhor que o colonialismo europeu?
Não necessariamente. Enquanto europeus usavam ocupação militar, o BRICS emprega dívidas e contratos leoninos, como detalhado em A Resistência Cultural Africana.
2. Há benefícios para os africanos?
Alguns empregos são criados, mas 80% dos lucros saem do continente, segundo a ONU.
3. Como os africanos estão reagindo?
Desde sindicatos até resistência armada no Sudão, as respostas variam.
Um Futuro de Autonomia?
A África precisa evitar trocar um dominador por outro. Para entender como o continente resistiu no passado, explore A Luta Pela Independência: Movimentos.
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- Leia sobre a resistência na Argélia e entenda paralelos históricos.
Este artigo é apenas o início. A exploração mineral africana é um tema complexo — e a resistência, como mostra A Resistência Armada no Congo, está longe de acabar.








