No final do século XIX, a Revolta dos Boxers (1899–1901) explodiu na China como um movimento nacionalista e anti-imperialista, combatendo a invasão estrangeira e a dominação cristã. Mas o que muitos não sabem é que esse episodio teve reverberações em terras africanas, onde a luta contra o colonialismo já fervilhava.
Neste artigo, exploraremos como a resistência chinesa inspirou e se conectou com movimentos como A Resistência de Zulu sob o Comando de Shaka e A Luta de Angola contra o Domínio Português, mostrando que a luta contra o imperialismo foi—e ainda é—uma batalha global.
O Que Foi a Revolta dos Boxers?
A Revolta dos Boxers (ou “Movimento Yihetuan”) foi um levante popular na China contra a influência estrangeira, especialmente de potências como Grã-Bretanha, França, Alemanha e Japão. Os “Boxers” (nome dado pelos britânicos) eram camponeses e artesãos que praticavam artes marciais e acreditavam em poderes sobrenaturais que os tornariam imunes a balas.
“Nós levantamos não apenas contra os estrangeiros, mas contra a humilhação que trouxeram ao nosso solo.” — Proclamação dos Boxers, 1900.
O movimento culminou em um cerco às legações estrangeiras em Pequim, levando a uma intervenção militar internacional que esmagou a revolta. Mas seu legado ecoou além da Ásia.
Conexões com a África: O Imperialismo como Inimigo Comum
1. A Partilha da China e a Partilha da África
Enquanto a China sofria com a “Partilha em Esferas de Influência”, a África enfrentava a “Partilha da África” na Conferência de Berlim (1884-85). Ambos os continentes eram alvos da ganância imperialista, e movimentos como A Resistência Africana contra os Colonizadores mostravam que a submissão não era uma opção.
2. Inspiração para a Resistência Armada
A coragem dos Boxers inspirou grupos africanos que lutavam contra a ocupação europeia. Por exemplo:
- Na Etiópia, a vitória em Adwa (1896) já provava que o imperialismo podia ser derrotado. Saiba mais em A Resistência Armada contra Imperialismo na Etiópia.
- Em Angola, as revoltas contra Portugal ganharam força, como visto em A Resistência Armada contra Imperialismo em Angola.
3. A Diplomacia das Potências Colonizadoras
Após a Revolta dos Boxers, as potências europeias reforçaram suas estratégias de repressão—táticas que logo seriam usadas na África, como na Resistência Armada no Congo.
O Impacto na África: Casos Específicos
1. A Reação nas Colônias Portuguesas
Portugal, já enfraquecido, viu movimentos como A Luta pela Independência: Movimentos ganharem impulso após a demonstração de resistência chinesa.
2. A Influência na Argélia e Líbia
Na Argélia, a resistência islâmica encontrou paralelos no anti-cristianismo dos Boxers. Leia mais em Resistência Armada na Argélia.
3. A Namíbia e o Genocídio dos Herero
Enquanto os Boxers eram massacrados, os alemães cometiam o genocídio dos Herero e Nama (1904-1908). Veja Resistência Armada na Namíbia.
Perguntas Frequentes (FAQ)
1. Os Boxers tinham ligações diretas com a África?
Não diretamente, mas sua luta simbolizava o mesmo espírito visto em A Resistência Cultural Africana.
2. Como a Revolta dos Boxers afetou o colonialismo português?
Encorajou movimentos como A Luta de Angola contra o Domínio Português.
3. Qual foi o maior legado da Revolta para a África?
Mostrou que a resistência, mesmo quando derrotada, plantava sementes para futuras independências.
Uma História de Resistência Global
A Revolta dos Boxers não foi apenas um evento chinês—foi um grito contra o imperialismo que ressoou na África. Se você se interessa por histórias de resistência, não deixe de explorar A Revolução Haitiana e Sua Influência e Os Movimentos de Resistência Armada.
📢 Acompanhe mais conteúdos no Instagram @africanahistoria e no YouTube @africanahistoria!
👉 Qual história de resistência você gostaria de ver aqui? Comente abaixo!