
Como o Imperialismo Dividiu o Continente Africano?
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O imperialismo dividiu o continente africano por meio de um processo de colonização e partilha pelas potências europeias no final do século XIX e início do século XX. Esse período, conhecido como a Partilha da África ou a Corrida pela África, resultou na divisão do continente em colônias administradas por diferentes países europeus.
Índice de Conteúdo
Principais aspectos da divisão
- Conferência de Berlim: A Conferência de Berlim, realizada entre 1884 e 1885, formalizou esse processo. Representantes de 14 nações europeias reuniram-se para negociar e delimitar áreas de influência na África, estabelecendo regras para a colonização e o comércio no continente.
- Princípio da Ocupação Efetiva: A conferência estabeleceu o Princípio da Ocupação Efetiva, que exigia que as potências coloniais demonstrassem controle administrativo sobre os territórios reivindicados. Isso intensificou a corrida pela ocupação do interior da África1.
- Fronteiras Artificiais: As fronteiras foram estabelecidas de maneira arbitrária, ignorando as divisões étnicas, culturais e históricas existentes entre os povos africanos. Essa divisão resultou em divisões arbitrárias, exploração econômica desigual, impacto cultural, instabilidade política e um legado de conflitos que persistem até hoje.
- Motivações: A partilha da África foi motivada por interesses econômicos, como a busca por matérias-primas e novos mercados, bem como por rivalidades políticas entre as potências europeias. Ideologias racistas também justificavam a dominação, com a crença na superioridade europeia e a missão de “civilizar” os povos africanos.
- Domínio Europeu: Em 1900, o domínio europeu correspondia a 90,4% do território africano. A França ocupou regiões como Argélia, Tunísia e Marrocos, enquanto a Grã-Bretanha se apossou do Egito, Sudão e África do Sul.
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A divisão da África em 50 estados após a Conferência de Berlim não respeitou as divisões étnicas tradicionais, gerando impactos negativos duradouros. A imposição de fronteiras artificiais e a exploração econômica contribuíram para conflitos étnicos, instabilidade política e pobreza extrema, cujos efeitos ainda são sentidos em muitos países africanos.